segunda-feira, 3 de novembro de 2008

XXXII DOM Tempo Comum

«Vigiai, porque não sabeis o dia nem a hora.»
Neste XXXII Domingo, o Senhor convida-nos a perseverarmos na fé e na esperança. E fá-lo mais uma vez através de uma parábola. O texto coloca-nos num discurso final com as autoridades de Israel; Jesus sai do Templo e dá início ao discurso escatológico , cujo tema central é a vigilância «Vigiai, porque não sabeis o dia nem a hora». Para explicar o que significa vigiar S. Mateus apresenta 3 parábolas das quais, a deste Domingo, é a segunda. Todos sabemos que nas parábolas nem sempre tudo é lógico, e são introduzidos aspectos cuja finalidade é estimular a fantasia do ouvinte, mantê-lo interessado e atento, de modo que assimile mais facilmente a mensagem. Considerando o número cinco e a virgem como símbolos do povo de Israel, e o número dez que indica a totalidade, percebemos a força das palavras de Jesus. As dez virgens representam o povo de Israel que espera o Messias. As comunidades para quem S. Mateus escreve mudaram muito com os te mpos e precisam da palavra do Mestre quanto à Sua vinda. S. Mateus adapta a parábola de Jesus às necessidades catequéticas das suas comunidades. Na espera da vinda do Senhor, do Messias, uma parte da comunidade não está atenta aos projectos de Deus, «adormece» na perseverança da fé, é infiel e fica de fora, enquanto a outra parte continua a preparar-se para O acolher e entra como comunidade cristã para o banquete com o Esposo, entra para a comunhão plena com o Senhor. E daí a exortação final onde Jesus indica o dinamismo da verdadeira espera e do verdadeiro seguimento: a vigilância, a procura constante, fiel, nos momentos de luz e de trevas; a procura d’Ele e do seu Reino na certeza do encontro final. O Senhor mantém as suas promessas e não criou o ho mem para o abandonar mas para que dentro da sua existência se faça espaço ao chamamento e ao caminho da verdadeira pátria: a comunhão com Ele na Sua casa, as núpcias da Igreja com o seu Esposo.

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